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bruno henri

É realmente uma empresa inclusiva ou apenas propaganda ?



Entenda a diferença de ser uma empresa realmente inclusiva ou apenas uma que faz propaganda do tema LGBTQIA+





Junho é o mês em que oficialmente é celebrado o orgulho da comunidade LGBTQIA+ no mundo. E também o mês em que - nos últimos anos - vimos emergir no mercado brasileiro (e mundial) uma onda de marcas engajadas com o tema. Entretanto, toda essa comunicação gerada dá sinais de não ser um reflexo real da cultura das empresas, mas apenas propaganda em um momento específico.


Afinal, o que é a CULTURA ORGANIZACIONAL?


A cultura organizacional ou cultura da empresa é formada pelo conjunto de valores, crenças e práticas que delimitam como as pessoas irão agir e interagir naquele ambiente de trabalho. É importante frisar que até mesmo as empresas que não possuem um código escrito dos seus valores possuem uma cultura empresarial. Afinal, todo grupo social possui um código. Por exemplo, uma empresa pode ter uma postura extremamente focada apenas no lucro sem qualquer interesse em questões sociais e ambientais. Essa postura aparece, consequentemente, em diversas situações do dia a dia da organização.


E quando uma cultura é realmente INCLUSIVA LGBTQIA+ ?


Uma empresa é realmente inclusiva quando a cultura da inclusão ocorre em diversas decisões e práticas no ambiente da organização, e não apenas nas suas campanhas publicitárias. Por exemplo, quando ocorre a contratação de pessoas LGBTQIA+ para os diversos níveis de cargos - dos estagiários à diretoria. Ou quando a empresa apoia efetivamente causas de interesse desse público ao longo do ano, como ações de combate ao preconceito.



E quando uma empresa faz apenas propaganda sobre o tema, existe um perigo?


Sim, existe um sério perigo porque a empresa está conseguindo atenção, seguidores e mídia sobre suas campanhas falsamente inclusivas - e ainda o aumento da sua lucratividade. E em paralelo, suas práticas diárias continuam reforçando estruturas de preconceito e exclusão.


Nas eleições do Brasil de 2018, foi possível observar grandes empresários apoiando candidatos explicitamente homofóbicos e, em seguida, esses mesmo empresários investiram milhões em campanhas no mês do orgulho LGBTQIA+ nos anos seguintes para atrair o pink money.


É importante ficarmos atentos a todo esse mar de propagandas - falsamente - inclusivas.


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